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Espetáculo de diretor brasileiro é apresentado no maior festival de marionetes do mundo, na França
O espetáculo Habite-Moi, ou habite-me, numa tradução livre para português, reúne imagens poéticas e metafóricas para tratar da forma como habitamos os nossos corpos, as nossas vidas e os espaços que nos circundam. A produção, dirigida pelo brasileiro Paulo Balardim, está em cartaz neste fim de semana na programação do Festival Mundial de Charleville-Mézières, conhecida como a capital das marionetes, no leste da França. Maria Paula Carvalho, da RFIInspirado na efemeridade do tempo, o espetáculo propõe uma experiência estética, como explica o diretor em entrevista à RFI Brasil."Ele não apresenta uma história linear, mas três quadros que são intercalados por entreatos, que vão mesclar teatro de bonecos, máscaras e dança", diz. "É um jogo da atriz em cena. Ele vai orbitar no limite entre o inanimado e a vida e, dessa forma, fazer surgir presenças que vão contracenar com ela. Para isso, os bonecos vão adquirir vida e, à medida que vão sendo evocados, criam uma realidade ficcional íntima", completa. As cenas se passam ao som de uma trilha musical original criada pelo músico belga Tuur Florizoone. A música serve como um fio condutor, "que mantém uma dramaturgia sempre focada no desenvolvimento de estados e ações da atriz", continua Balardim. Vida e morte O espetáculo se passa em um universo disforme e maleável, uma realidade em constante transformação. É lá que atores e marionetes se confundem, levando o espectador para um ambiente onírico e metafísico, associando vida e morte. "O espetáculo não tem texto e a ideia é suscitar sensações e provocar estados emocionais do espectador a partir da visualidade e da sonoridade, integradas as proposições temáticas", acrescenta o diretor do espetáculo. A cenografia foi criada pelo artista brasileiro Elcio Rossini, sendo constituída de imensos infláveis que criam formas abstratas. "O objetivo é que essas formas se movimentem, respirem em cena e, além de transformar o ambiente, elas vão sugerir uma pluralidade de formas vivas, não antropomórficas, que habitam o planeta. Ao mesmo tempo, podem aludir ao interior de um corpo humano. E, dessa maneira, a gente sugere tanto o espaço externo quanto um espaço interno", observa Paulo Balardim. Cooperação internacional A produção é fruto de uma parceria entre o Festival Casteliers, do Quebec, e o espaço de residência artística Vale Arvoredo, no Brasil, que possibilitou, em 2017, o intercâmbio entre a artista canadense Emilie Racine (Cie Territoire 80) e a artista brasileira Carolina Garcia. Esse encontro permitiu o desenvolvimento das principais ideias para o espetáculo, e em seguida, vários outros artistas foram agregados ao projeto, como Paulo Balardim, que trouxe sua pesquisa com bonecos, desenvolvida na Universidade do Estado de Santa Catarina. A primeira cena trata da perenidade do amor, "apresentando uma senhora solitária que, a partir das suas memórias, vai materializar a presença de seu falecido marido e com ele reviver os seus momentos felizes e a tristeza da sua perda". Na segunda cena, uma jovem carrega um corpo em suas costas. "Vida e morte vão se confundir e se alternar, produzindo no espectador a dúvida sobre qual dos corpos que está sendo animado", explica o diretor de Habite-Moi, segundo o qual "a ideia é produzir uma lembrança de que vida e morte não se opõem, mas se completam".A terceira cena apresenta uma relação maternal delicada, frágil e todo o "cuidado necessário para habitar esse estado". Nesse momento, a atriz contracena com um pequeno boneco. As apresentações de Habite-Moi fazem parte da mostra IN do festival e acontecem nesta sexta-feira (22) às 21h, no sábado (23) às 11h e às 20h e no domingo (24) às 16h. Para o grupo, é uma oportunidade de fazer intercâmbio com outros artistas e abrir portas para produções internacionais.