Gn 37:1-36 José é vendido pelos irmãos - Devocional 892

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José foi amado pelo pai, odiado pelos irmãos, vendido por vinte siclos de prata, sofreu injustiça, mas foi exaltado com o propósito de livrar seu povo da morte, salvando o mundo da fome e da morte. Era considerado o filho predileto do pai (37.3). O texto apresentado retrata José sendo alvo do amor preferencial de seu pai, predileção esta que se transformou em favoritismo. José era o filho primogênito e favorito da esposa favorita de Jacó, além de ser o filho de sua velhice e diferente de seus irmãos em caráter e atitude. Mais um componente para seus irmãos nutrirem por ele profunda aversão. É certo que Jacó não agiu de forma prudente ao amar mais a José do que aos outros filhos, pois os pais não devem ter predileção por um filho em detrimento dos outros. Esse mesmo erro foi cometido por Isaque, seu pai, e de geração em geração essa mesma atitude vem sendo repetida, sempre gerando tensões na família. Jacó não apenas amava mais a José do que a seus irmãos, como também não fazia questão de esconder isso; tanto que ele fez questão de tornar público sua predileção por José ao presenteá-lo com uma túnica talar de mangas compridas. José, era odiado pelos seus irmãos (37.4). Era notório que essa distinção dada a José despertava no coração de seus irmãos uma inveja perigosa, um ódio velado e uma hostilidade que desembocou numa clamorosa injustiça. A primeira manifestação desse ódio estava no fato de que já não podiam lhe falar pacificamente. Essa postura de Jacó custou-lhe muito sofrimento, pois ficou privado de seu filho amado durante vinte e dois anos. A crueldade dos irmãos de José foi uma tempestade na alma deles, pois não conseguiram viver em paz, uma vez que a consciência deles bradava sem intermitência, acusando-os de violência ao irmão e mentira ao pai. As virtudes de José denunciavam os pecados de seus irmãos; a sua luz apontava as trevas em que viviam; sua prontidão em obedecer de todo o coração ao pai apontava para a maldade deles. O sucesso de José era o fracasso deles, que não viam José como um irmão e amigo, mas como um concorrente, e olhavam para ele não com benevolência, mas como um rival que deviam afastar do caminho. José era também um sonhador e seus sonhos despertavam ódio (37.5-10), teve dois sonhos metafóricos ou parabólicos com a mesma estrutura e mensagem. O primeiro sonho falava do seu feixe e dos feixes de sua família. José conta para sua família que, enquanto atava feixes no campo, o seu feixe se levantou e ficou em pé, e os feixes de seus irmãos se inclinavam perante o dele (37.5-8). Seus irmãos foram os intérpretes desse sonho. O segundo sonho estava relacionado aos astros celestes, em que o sol, a lua e onze estrelas se inclinavam perante ele (37.9,10); no caso desse segundo sonho, o intérprete foi seu pai. Seus irmãos tinham ciúmes dele; o pai, no entanto, considerava o caso consigo mesmo (37.11). A virtude desperta mais inveja do que gratidão, e é mais fácil sentir inveja de quem anda corretamente do que seguir seus passos. Os irmãos de José, em vez de imitar seu exemplo, passaram a odiá-lo; e em vez de pedir a Deus discernimento acerca do que estava acontecendo, alimentaram sua alma com o absinto do ciúme. Vale destacar que esse ciúme doentio atingiu a todos os seus irmãos, de modo que ele passou a ser uma espécie de persona non grata entre eles. Mesmo Jacó sabendo que os irmãos de José o odiavam e tinham ciúmes dele, envia-o a eles, talvez na tentativa de pacificar os irmãos enciumados ao verem José indo ao encontro deles para saber se estavam em paz.

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