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Golpes de Estado "devem ser condenados", mas "povo está farto da dinastia Bongo"
No Gabão, o general Brice Oligui Nguema vai ser oficialmente nomeado líder do país na segunda-feira de forma a conduzir a transição. Para o brigadeiro angolano Correia de Barros, este militar não parece querer eternizar-se à frente do país, numa altura em que o povo gabonês já estava "farto da dinastia Bongo". No Gabão, o general Brice Oligui Nguema vai tomar posse na segunda-feira como presidente de transição após o golpe de Estado que na terça-feira retirou do poder a família Bongo que comandava o país há mais de 50 anos. Este militar muito próximo da família Bongo, já prometeu a restituição progressiva das instituições e o respeito de todos os compromissos "exteriores e interiores".Em entrevista à RFI, o brigadeiro angolano Correia de Barros considera que todos os golpes de Estado devem ser condenados, mas que no Gabão, ao contrário de golpes de Estado precedentes no Mali, Burkina Faso, Guiné Conakri ou Níger, a população apoia os golpistas já que havia queixas da situação democrática no país."O que me parece que está diferente destes últimos países [Mali, Burkina Faso ou Níger] é que por aquilo que tenho visto há um apoio popular imenso, o que não sucede em todos os outros golpes militares. O povo está farto da dinastia Bongo. [...] Até este momento, o que dá ideia é que este general [Brice Oligui Nguema] foi nomeado pelo grupo que organizou o golpe de Estado e é para chefiar durante o período de transição, não quer dizer que seja o próximo Presidente efectivo do Gabão. Quem anuncia o golpe de Estado nem é ele, e dá ideia que o golpe foi dado para daqui a uns tempos se resolver o problema", explicou o militar angolano.Brice Oligui Nguema era até agora chefe líder da Guarda Repúblicana, a unidade mais poderosa das Forças Armadas do Gabão e é muito popular e respeitado entre os militares gaboneses. Estas são características importantes para este período de transição que se vai seguir, segundo o brigadeiro Correia de Barros."É preciso ter mão nas coisas, porque se se deixa evoluir para todos [os militares] tenham palavra, as coisas não vão correr bem. É preciso coordenar bem as coisas e se for coordenadopor alguém que não tenha como ideia única ser o próximo grande chefe, acho que é maravilhoso. Quando é alguém que pensa que vai suceder ao poder deposto é apenas a substituição de alguém que já tinha até nomeado o filho para o substituir. Esperemos que este homem tenha estas qualidades", declarou o brigadeiro especialista em assuntos político-militares.Correia de Barros espera agora que novas convenções regionais sejam desenhadas em África para combater os malefícios ligados ao colonialismo e que ainda hoje ameaçam as democracias africanas, especialmente quando antigos colonizadores europeus continuam a ter grande influência no continente."O que é necessário é que se pense a sério e com leis comunitárias, reais, para a democracia em África. O grande problema em África resulta do colonialismo, portanto é preciso ver que os países que colonizaram Inglaterra, França, Portugal ou Espanha. as leis que tinham nas suas colónias, não tinham nada a ver com democracia. Podia, nalguns casos, havia democracia no próprio país como Inglaterra, mas nas colónias não tinha nada a ver. E claro que aquilo que foi feito para a descolonização, não foi uma descolonização total", declarou.