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Moçambique precisa de "eliminar as causas dos ataques e não os atacantes"
O governo moçambicano garante que as zonas tomadas por insurgentes foram libertadas, mas "o risco de violência político-militar Cabo Delgado ainda é muito alto", defende o investigador Borges Nhamire. "Seria um erro estratégico acreditar que se vai restabelecer a paz, unicamente, acreditando no número de forças no terreno", afirma. Em Afungi, Mocímboa da Praia e Palma, as populações estão a regressar às localidades. "Há dois anos Mocímboa da Praia era inacessível ao Estado Moçambicano e aos moçambicanos. Era controlado pelo grupo de insurgentes, que promove os ataques. Não podemos negar que a chegada de tropas estrangeiras e regionais melhorou a situação de segurança no terreno, mas isso não chega", aponta Borges Nhamire, investigador do Instituto para Estudos de Segurança (ISS, Institute for Security Studies)."O Estado moçambicano esperou que cidades e distritos inteiros fossem atacados e ocupados por insurgentes para chamar uma intervenção de forças estrangeiras. Este pedido veio tarde. Muitas vidas teriam sido poupadas se o Estado tivesse agido mais rapidamente ou tivesse compreendido a dimensão da ameaça", afirma Borges Nhamire.Segundo o investigador, um dos problemas reside no facto de não haver militares em número suficiente "para proteger todas as populações", que agora regressam ao norte do país. É preciso "eliminar as causas dos ataques e não os atacantes", defende. Borges Nhamire levantou dois problemas, o facto de as pessoas se sentirem excluídas da partilha do poder económico, politico e social. "Quando as pessoas falam de pobreza, o governo responde que 'todos são pobres', mas a percepção das pessoas é que a exploração de recursos não serve os locais, mas os investidores estrangeiros". O outro problema prende-se com "a radicalização islâmica". A violência no norte do país "não vai acabar enquanto não houver um acordo entre o governo e os grupos que promovem ataques", acrescenta.Em Cabo Delgado encontram-se mais de 5.000 militares prontos para combater, compostos por forças moçambicanas, ruandesas e da SADC. "Uma coisa é promover a violência e outra é defender as populações. Não é possível proteger todas as pessoas. Seria um erro estratégico acreditar que se vai restabelecer a paz, unicamente, acreditando no número de forças no terreno", concluiu.