Nietzsche e Espinosa - Fundamentos e Comparações

Esta é uma adaptação do curso em vídeo gravado em 2018 e disponível em vídeo lá no site.<br/><br/>AULAS1 – Plano de Imanência<br/>2 – Livre-Arbítrio<br/>3 – Finalismo<br/>4 – Moralismo<br/>5 – Desinteresse<br/>6 – Mal<br/>7 – Conhecimento<br/>8 – Ética e Vida<br/>Estou totalmente estupefato, maravilhado! Tenho um precursor, e que precursor! Eu não conhecia quase nada de Espinosa: que eu seja agora impelido a ele, foi um ‘ato instintivo’. Não só sua tendência geral é a mesma que a minha – fazer do conhecimento o mais potente dos afetos -, como me reencontro em cinco pontos capitais de sua doutrina; este pensador, o mais fora da norma e solitário, é-me nesses aspectos justamente o mais próximo […] In summa: minha solidão, que, como sobre o cume de elevadas montanhas, tantas e tantas vezes tornou minha respiração difícil e me fez sangrar, é, ao menos agora, uma ‘dualidão’” – Carta de Nietzsche a Overbeck, 30 de julho de 1881<br/><br/>SOBRE O CURSO<br/>Nietzsche foi o primeiro a constatar a proximidade de seus pensamentos com o filósofo holandês Baruch de Espinosa, mencionando em sua carta tendências gerais, ou seja, fundamentos que permitem ao pensamento começar num determinado percurso pelo mundo. O curso “Nietzsche e Espinosa” possui a intenção de encontrar, a partir do pensamento destes dois filósofos, exatamente quais são estes fundamentos essenciais para uma filosofia da imanência e da potência. Sendo assim, cada aula é dedicado ao que podemos definir como Fundamento Conceitual que atravessa a filosofia destes dois pensadores.Sabemos que cada filósofo possui diferenças importantes: Espinosa pertence ao século XVII e Nietzsche ao século XIX, este é aforismático e provocador, aquele é racionalista e comedido. Como conciliá-los? Simples, ambos lutaram infatigavelmente contras as superstições de seu tempo. É desta maneiro que os definimos, como extemporâneos, como filósofos póstumos. É a partir destes dois grandes pensadores que podemos fazer a devida crítica da filosofia e do sujeito moderno, mostrando que seus alicerces metafísicos são mais frágeis do que imaginamos e se sustentam apenas para vidas pequenas e impotentes.Espinosa e Nietzsche são dois filósofos que sempre permaneceram à margem da filosofia, pensando contra ela, a despeito de seus conceitos metafísicos dominantes. É esta provocação que tanto nos instiga. Enquanto a historiografia se orgulha de seu racionalismo idealista e iluminista, Espinosa e Nietzsche nadam na contra a corrente: se esforçam para pensarem a partir e com o corpo, sem diminuir ou maldizer os afetos. A partir de suas ideias, poderemos pensar alternativas inovadoras para novos caminhos existenciais.Adicione este podcast no seu agregador favorito. Copie e cole o RSS no aplicativo!