Operação em Jenine era "esperada" devido a ideologia de extrema-direita de Israel

0 Views· 07/05/23
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Com a mobilização de mais de 1.000 soldados e ataques com drones, a operação Jenine estaria a ser preparada há bastante tempo pelo Governo israelita, com as brigadas palestianas a preparem-se também para os confrontos. Esta é uma das acções do Executivo israelita que mostra a determinação de Benjamin Netanyahu em anexar a Cisjordânia. Após dois dias de combates intensos, o exército de Israel deu por terminada a operação contra o campo de refugiados de Jénine, na Cisjordânia, que para além de acolher 18 mil pessoas deslocadas na região, serve também de campo de treinos para as temidas brigadas Jenine, constituídas pela jihad islâmica apoiada pelo Irão, o Hamas e ainda o braço armado da Fatah.Segundo, Maria João Tomás, professora Auxiliar da Universidade Autónoma de Lisboa e especialista do Médio Oriente, este era um ataque esperado já que o Governo de extrema-direita de Benjamin Netanyahu não esconde a sua vontade de anexação na Cisjordânia e decorre num momento em que o Executivo israelita está pressionado internamente pela contestada reforma da Justiça."Já havia vários indícios que isto ia acontecer e da Palestina também. A Palestina desde que ganhou este Governo de maioria ultra nacionalista e ultra direita em Israel, as brigadas Jenine começaram logo a treinar e preparar-se para o pior. Já há vários indícios desde Janeiro", defendeu a investigadora em entrevista à RFI.Com um governo de coligação de extrema-direita, determinado a utilizar a violência na região, Israel não vai ser travado pelos seus parceiros internacionais, com os Estados Unidos a condenarem os ataques israelitas, mas a precisarem de um aliado na região, numa altura em que a China também se interessa à política no Médio Oriente, como lembra Maria João Tomás, professora Auxiliar da Universidade Autónoma de Lisboa e especialista do Médio Oriente."Os Estados Unidos já disseram que não estavam de acordo, desde logo, com os ataques dos israelitas aos lugares santos e está também contra a reforma judicial, mas isso não interessa para nada porque os Estados Unidos precisam de um país aliado no Médio Oriente e Israel, até agora, é o único que se mantém. A China, ao aproximar a Arábia Saudita do Irão, mostra que está muito presente no Médio Oriente", concluiu.

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